Equipes policiais do Sicride (Serviço de Investigação de Criança Desaparecida) encontraram na manhã desta terça-feira (04) as meninas Thaysa Caroline dos Santos, 11 anos, e Elisabeth de Mello Rodolfo, 12, desaparecidas desde o dia 23 de abril. As duas moravam no bairro Cajuru, em Curitiba, e foram encontradas pela polícia em uma residência em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. No local moravam um adolescente de 15 anos, "namorado" de Elisabeth, e o seu irmão, de 18 anos.
"O Sicride trabalhou ininterruptamente desde que teve conhecimento de que as duas meninas tinham desaparecido. Estamos satisfeitos com o desfecho e aproveitamos a oportunidade para reforçar que as pessoas que possam estar facilitando a fuga de adolescentes, mesmo que não tenham a intenção, podem responder criminalmente", afirma a delegada Ana Cláudia Machado.
Segundo Ana Cláudia, Elisabeth teve a idéia de fugir de casa e convidou sua amiga Thaysa para ir junto. "Thaysa disse para sua mãe que ia para a aula no dia 22 de abril e não voltou mais para casa. Ela foi para a casa de Elisabeth e no dia 23 de manhã as duas saíram da residência e não voltaram mais. No local, deixaram um bilhete em que diziam que queriam conhecer o mundo", diz a delegada.
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Após as meninas terem saído da casa de Elisabeth, elas teriam conhecido um adolescente de 15 anos, no terminal de Pinhais, que teria convidado as meninas para se abrigarem em sua casa, localizada em Piraquara. O menino virou namorado de Elisabeth e manteve as duas em sua residência até a manhã de hoje (04), quando elas foram encontradas pela polícia.
As duas meninas, o adolescente, e o seu irmão de 18 anos, foram encaminhados até a delegacia. De acordo com Ana Cláudia, elas não teriam sinais de maus tratos. As duas garotas prestaram depoimento na presença de psicólogos e depois foram até o Hospital Pequeno Príncipe, onde fizeram exames de conjunção carnal, toxicológico, e de ato libidinoso. Os laudos devem demorar cerca de 30 dias para ficarem prontos.
O rapaz de 18 anos afirmou para a polícia que não sabia que as meninas tinham fugido de casa. "Seu irmão de 15 anos sabia, mas alegou que elas tinham sido expulsas", explica a delegada.
O adolescente e o seu irmão irão responder criminalmente por terem abrigado e ajudado na fuga das meninas. As investigações continuam para verificar se houve alguma outra razão que motivou as meninas a fugirem de casa.