A Delegacia de Trânsito (Dedetran) da Polícia Civil de Curitiba está investigando se a morte de Daniel Barrachina Stocco, de 21 anos, foi provocada por um racha ou um simples acidente de trânsito. Stocco morreu às 3 horas de ontem, no cruzamento das ruas Guararapes e Professor Álvaro Jorge (região oeste da cidade), quando a caminhonete Ford Ranger dirigida pelo estudante Fábio de Almeida, 22 anos, bateu na lateral do Fiat Tipo que ele dirigia.
Segundo informações extra-oficiais do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (Bptran), testemunhas disseram que Almeida participava de um racha com o motorista de um Kadett e teria avançado no cruzamento quando o semáforo estava no vermelho. Com o choque, o carro de Stocco bateu em uma árvore. Ele morreu na hora. A Ranger capotou, mas Almeida teve apenas ferimentos leves.
O delegado da Dedetran, Antonio Procopiak Neto, disse à Folha que não tinha como afirmar se a causa do acidente foi o suposto racha. Segundo ele, no boletim enviado pela PM, não consta o depoimento de testemunhas. Procopiak afirmou também que Almeida não fugiu do local e se prontificou a prestar socorro à vítima. Teste de bafômetro confirmou que o estudante não havia bebido.
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O Bptran confirmou que há o depoimento de quatro testemunhas em seu boletim de ocorrência, mas que esse material não fora mandado à Polícia Civil até ontem à tarde. Procopiak deverá ouvir Almeida e seu irmão, Juliano, que estaria atrás do estudante, em outro carro, no momento do acidente.
Se for comprovado o racha, Almeida será enquadrado em homicídio doloso (artigo 121 do Código Penal, cuja pena é de reclusão de seis a 20 anos. Em caso de acidente simples, o indiciamento será por homicídio culposo (artigo 312 do Código de Trânsito). Nesse caso, a pena prevista vai de dois a quatro anos de detenção.