A Polícia Civil do Paraná está em busca do promotor de eventos Athayde Oliveira Neto, 22 anos, responsável por organizar o show "Unidos pela Paz" que deixou três mortos e 40 feridos, na noite de sábado, no Jockey Club, em Curitiba.
Oliveira Neto é acusado de homicídio culposo, ou seja, sem intenção, e está desaparecido. A Justiça determinou sua prisão temporária.
Os adolescentes Larissa Seletti, 15, Mariah de Andrade Souza, 14, e Jonathan Raul dos Santos, 15, morreram pisoteados em um tumulto nos portões de entrada do clube.
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Um dos feridos continua na UTI do hospital Evangélico. Outros quatro permanecem em observação. Os demais foram liberados dos hospitais.
A polícia suspeita que foram vendidos mais ingressos do que a capacidade permitida.
Milhares de pessoas que estavam com os bilhetes ficaram do lado de fora do Jockey e tentaram entrar. Portões de ferro foram quebrados, houve briga e empurra-empurra.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Adauto Abreu de Oliveira, as polícias Civil e Militar e o Juizado de Menores não foram informados oficialmente do evento.
Mas o presidente do Jockey, o secretário da Indústria e Comércio do Estado, Luiz Mussi, afirmou que a PM sabia do evento.
Segundo a Polícia Civil, no momento do show havia apenas seguranças particulares. A maioria, desempregados, sem qualificação alguma, contratada em cima da hora para acompanhar o show. Um deles, ouvido pela polícia, recebeu R$ 25. "Estava tudo errado", afirmou o delegado-geral.