O policial rodoviário federal Klaus Augusto Dolinski foi preso em Foz do Iguaçu acusado de sequestrar e extorquir dois cigarreiros, além de facilitar a prática de contrabando de cigarro na região da Ponte da Amizade (Brasil/Paraguai). Há sete anos na corporação, o patrulheiro vai responder inquérito policial e pode, em caso de comprovação do crime, ser condenado em até 20 anos de prisão.

Dolinski teria pedido, no sábado, R$ 2,5 mil para dois motoristas, Márcio Rogério Domingos e Marcelo Chaves Silva, em troca da liberação de 20 caixas de cigarro contrabandeadas do país vizinho. Como a dupla tinha R$ 1,3 mil, Marcelo foi liberado para conseguir o restante do dinheiro, enquanto Márcio ficou "detido". Marcelo conseguiu reunir R$ 2,3 mil, porém a quantia não teria sido aceita pelo acusado.

O episódio, então, foi denunciado à Polícia Federal. A irmã de Márcio, que iria entregar o dinheiro, foi instruída a tirar cópias das notas que seriam entregues a Dolinski. Após a entrega, o delegado da PF Jessé Ferry e o supervisor da Polícia Rodoviária Federal, Ivan Noschang, confirmaram os índicios do pagamento da propina ao encontrar cédulas com Dolinski cuja numeração era a mesma das xerografadas. O patrulheiro está preso na delegacia da PF e preferiu não falar com a imprensa. Já Marcelo e Márcio respondem, em liberdade, inquérito por contrabando e corrupção ativa.