A família do office-boy Paulo Sérgio Ricardo Ramos, 32 anos, acusa um policial militar de espancamento na madrugada de ontem, em Porecatu (85 quilômetros ao norte de Londrina). Ramos teria sofrido a agressão dentro sua casa, depois de guardar a motocicleta que conduzia. A irmã do rapaz, Jandira Ricardo Ramos, disse que foi empurrada pelo policial e ameaçada de levar coronhadas. Segundo Jandira, o irmão foi atendido no Hospital Municipal de Porecatu e levou pontos na cabeça. Ramos está preso na delegacia da cidade.
De acordo com Jandira, a família foi acordada com os gritos de Ramos, do lado de fora da casa. Ela relatou que ao abrir a porta presenciou um dos dois policiais militares agredindo Ramos com o cacetete. Ao intervir, Jandira e outra irmã também teriam sido empurradas. O pai de Ramos teria desmaiado e a mãe, idosa e com a perna quebrada, teve uma crise nervosa. Ao ser atendido no hospital, o policial teria feito novas ameaças a Jandira.
Segundo o delegado de Porecatu, Fátimo de Siqueira, o policial que efetuou a prisão declarou no boletim de ocorrência que Ramos estava conduzindo a motocicleta embriagado e não atendeu a ordem de parar. Os ferimentos teriam sido causados pela queda da motocicleta, depois de ter sido perseguido pela viatura. Ramos, segundo o delegado, permanece preso porque já tem uma condenação na Justiça, mas pode ter a prisão relaxada. Siqueira disse que vai pedir um laudo pericial para comprovar a versão de Ramos. Em Porecatu, o office-boy foi atendido por um médico plantonista. O delegado disse que não sabia se o médico, que não é legista, pode comprovar ou não a agressão.
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Um PM que estava de plantão no batalhão, em Porecatu, disse que não poderia dar informações sobre o caso.