A fiscalização da soja não está restrita apenas aos caminhões que tentam entrar no Estado. Os atacadistas e comerciantes que revendem o produto também terão que comprovar a origem da soja, por meio de documentação emitida pelo produtor. Na falta de notas, o material será recolhido para análise.
A pedido do secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, a Divisão de Sanidade Vegetal coletará 10 mil amostras de grãos, sementes e partes da planta, como raiz e folhas, para certificar que os agricultores paranaenses cumprem a Lei Estadual e não plantam soja transgênica.
"Com estas medidas, estamos preservando a produção da soja convencional no Paraná, que é o desejo da maioria dos agricultores e do próprio Governo", destacou o secretário.
Leia mais:
Lote 3 das novas concessões terá rodovias estaduais duplicadas entre Londrina e São Paulo
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
Caminhoneiros que transportam soja de Mato Grosso para o Paraná permanecem na divisa dos estados, aguardando autorização para entrar com a carga sem documentação que comprove se a soja é ou não transgênica. A situação é a mesma nas 28 barreiras sanitárias do estado.
Segundo o diretor do departamento de fiscalização e defesa agropecuária da Secretaria de Agricultura, Felisberto Batista, a expectativa é de resolver o impasse ainda nesta quarta-feira. Mas ele reiterou que o Paraná não abrirá mão de cumprir a legislação e defender seu interesse em se manter como zona livre de transgênicos.
O Paraná é o único estado brasileiro que reivindicou até agora esta condição ao Ministério da Agricultura. Uma das alternativas estudadas, acrescentou o diretor, é descarregar a soja nos armazéns e lá fazer o teste.
Em Guaíra, na região Oeste do estado, há filas com 40 caminhões. Os motoristas passaram a noite no local, enfrentando chuva e falta de estrutura. Em Jacarezinho, os caminhoneiros avisaram que furariam o bloqueio mas desistiram e estão aguardando.
Em Porecatu, Norte do estado, os motoristas reclamam da falta de comida, de instalações sanitárias e de um telefone para falar com as transportadoras responsáveis pelas cargas. Na divisa do Paraná com São Paulo, outros 50 caminhões estão parados em fila dupla, ocupando parte da pista.