O risco de desabamento fechou as portas do prédio da Delegacia de Homicídios, na Rua Barão do Rio Branco, Centro de Curitiba. Segundo perícia do Instituto de Criminalística, a estrutura da construção está comprometida pela infestação de cupins e pela umidade. Os policiais da delegacia estão trabalhando no prédio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) desde a última sexta-feira. De acordo com os investigadores, a falta de um local próprio está comprometendo o trabalho da delegacia.
"A situação das instalações é precária. Boa parte da estrutura está corroída pelos cupins e seriamente comprometida", afirma o diretor do Instituto de Criminalística, José Lourenço Bueno. Para ser utilizado, o prédio de três andares, que tem cerca de 100 anos, terá que passar por uma série de reformas. Os técnicos do instituto encontraram problemas nas vigas de madeira que sustentam a cobertura. Uma delas já se rompeu.
Segundo o investigador Luiz Carlos Espósito, a delegacia agora se resume a uma mesa e a uma máquina de escrever num canto de uma sala do Cope. "A gente está fazendo esforço para atender bem ao público, mas o trabalho ficou comprometido", lamenta. Ontem, enquanto ele dava plantão no Cope, outro policial ficava cuidando dos documentos que estão no prédio comprometido. Sobram o delegado e mais um policial para as investigações externas. "Não estamos tomando depoimento de ninguém desde que sexta-feira", afirma Espósito.
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De acordo com ele, a decisão de deixar o prédio teria partido do delegado chefe da Homicídios, Agenor Salgado. "Ele está negociando a liberação de um novo prédio para abrigar a delegacia", diz o investigador.
A Delegacia de Homicídios funcionava no prédio da Barão do Rio Branco há aproximadamente um ano. No andar térreo, estavam as instalações da Divisão de Vigilância e Capturas, que também teve que se mudar.