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Presos em Piraquara continuam greve de fome

Redação - Folha de Londrina
20 fev 2003 às 10:59

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Pelo menos metade dos internos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, está em greve de fome desde a manhã de terça-feira. A transferência de 14 líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de São Paulo, e do Primeiro Comando do Paraná (PCP), para a Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), segundo a direção da PCE, seria a razão do movimento, que atinge cerca de 700 presos.

''Eles querem ficar com os líderes próximos'', avaliou o diretor da PCE, André Luiz Ayres Kendrick. ''Mas não existe a menor possibilidade de negociar.'' A remoção dos presos, alegou, foi uma medida de segurança, já que integrantes do PCC ameaçavam matar um dos membros do PCP, Daniel Pereira. ''Isso poderia desencadear a morte de outros cinco integrantes do PCC e nossa obrigação é preservar a integridade física dos internos.''

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Segundo Kendrick, muitos presos acabaram aderindo à greve temendo retaliação. Apenas os detentos de três das 12 galerias não estão participando. Em resposta à greve, a administração cortou o banho de sol, retirou aparelhos de rádio e TV das celas e isolou dois presos que teriam incitado o movimento. Ele adiantou que se a greve durar até o final de semana, os internos ficarão sem receber visitas. As três refeições diárias são distribuídas normalmente. ''Eles não pegam porque não querem.'' Alimentos deixados por familiares na última visita foram retirados das celas.


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