Um grupo de aproximadamente 200 professores comandados pela APP-Sindicato invadiu, no final da tarde, o plenário da Assembléia Legislativa, em Curitiba. A invasão ocorreu minutos depois de a sessão ter sido derrubada pela bancada governista. Os deputados que dão sustentação ao governo Jaime Lerner (PFL) adiaram mais uma vez a análise do projeto de lei que revoga as regras para a eleição de diretores de escolas da rede pública em todo o Estado. Assim que a sessão foi dada como encerrada, por falta de quórum, os professores deixaram as galerias rumo ao plenário.
A invasão foi pacífica. O momento de maior tensão foi quando os professores, para tomar o plenário, trombaram com um grupo de representantes de associações de pais e mestres que defende as regras baixadas pelo governo do Estado. Assim como os professores, o grupo passou o dia na Assembléia fazendo lobby junto ao deputados estaduais.
Por volta das 19 horas, uma comissão de professores reuniu-se com o líder do governo na Casa, deputado Durval Amaral (PFL). Para desocuparem o plenário, os professores colocaram como condição a retomada imediata da votação. A negociação prossegue.
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A secretária de Educação, Alcyone Saliba, criticou a iniciativa dos professores de invadir a Assembléia Legislativa. "Considero uma violência desnecessária. O processo de eleição dos diretores tem apoio dos pais e professores de todo o Estado. Várias escolas já fizeram suas eleições sem que houvesse problema", disse Alcyone.
Ela afirmou ainda que o ato da invasão não mudará em nada a forma como o govero conduz o processo. "O trâmite da negociação tem que se dar por vias normais. Não é com violência que se conseguirá algo", disse.
Segundo a Secretaria de Educação, três professores e uma representante da Associação de Pais e Professores de Toledo teriam ficado feridos e foram encaminhados para atendimento médico.