No filme "A Corrente do Bem", baseado no romance de Catherine Ryan Hyde, um garotinho (Haley Joel, de "Sexto Sentido") tenta promover o bem de uma maneira bastante peculiar. Na visão do menino, se cada pessoa beneficiada por uma boa ação, se comprometer a ajudar mais três pessoas necessitadas, o mundo ficaria bem melhor em pouquíssimo tempo. É mais ou menos isso que pretende o Projeto Não-Violência, instaurado em Curitiba há pouco menos de dois anos.
O projeto nasceu na Suécia há sete anos e tem o objetivo de capacitar jovens nas próprias escolas para que eles levem aos colegas e para a comunidade a idéia de um mundo sem violência. "O projeto já conseguiu reduzir em 25% a violência nas escolas que atua", revela o educador responsável pelo projeto Richard Frederick.
Ele esteve em Curitiba para finalizar o trabalho com os alunos da Escola Estadual Ermelino de Leão, a primeira instituição a trabalhar com o projeto internacional. "O trabalho é de prevenção, através da educação", enfatiza Frederick.
Leia mais:
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Passageiro de van morre em colisão contra base de concreto em Engenheiro Beltrão
Tratam-se de reuniões semanais que discutem o tema e buscam encontrar soluções para os problemas vivenciados nas escolas. Os alunos repassam para os colegas o que aprendem nesses encontros e tentam amenizar as brigas e conflitos entre os grupos.
O estudante Samuel Camargo Falavinha, de 14 anos, conta que entrou no grupo influenciado por um primo. "Até meu comportamento mudou", revela. "Antes era mais agressivo e desatento". Para Falavinha, violência é qualquer ato que machuque a ele ou ao próximo. "Por isso temos que evitar atos agressivos e buscar um mundo sem violência", ensina.
Além da Escola Estadual Ermelino de Leão, as escolas Elias Abrão e Jaime Cainet também participam do projeto, com cerca de 60 crianças envolvidas. A meta é que cada vez mais escolas participem. Para fazer parte do projeto, as escolas precisam se cadastrar pelo telefone ou e-mail e colocar a disposição coordenadores e professores para monitorar as reuniões. Esses professores são treinados por profissionais ligados ao Projeto Não-Violência.
Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo telefone (41) 254 1643 ou pelo site www.naoviolencia.org.br
Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira