Uma equipe de fiscalização do Ibama na Operação Pinus Pirata, na região centro-sul do Paraná, encontrou centenas de araucárias mortas em uma fazenda no município de Bituruna. Todas as árvores, indivíduos jovens, foram mortas por anelamento do caule, o que impede o fluxo de nutrientes matando as plantas. A araucária é considerada ameaçada de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente.
O proprietário da área de 134 hectares onde estava ocorrendo o crime ambiental foi autuado com multa de mais de R$ 1 milhão, por danificar vegetação nativa em área de Mata Atlântica, o bioma mais ameaçado do Brasil. Foi embargado o prosseguimento da prática lesiva.
O objetivo da matança das árvores jovens era impedir o aumento do número de araucárias na área, utilizada para a pecuária, para garantir que a área de pastagem não se reduziria. O corte da araucária nativa é proibido, a espécie somente pode ser aproveitada economicamente em caso de floresta plantada para tal finalidade.
Leia mais:
Nova lei elimina reteste e permite reagendamento gratuito de exames no Detran em 30 dias
Região Sul do Brasil tem previsão de tempestade para o final de semana
UEM divulga edital para a contratação de 65 professores por meio de teste seletivo
BR-376 em Sarandi será interditada para obra de novo viaduto no domingo
Um dos argumentos usados pelo autuado foi que cavalos haviam comido as cascas das árvores, causando a morte das mesmas, mas os anéis feitos nos caules das araucárias claramente haviam sido produzidos por golpes de objetos cortantes, como facões, foices ou machados, dependendo da espessura dos caules.
Esta estratégia visa burlar a fiscalização provocando a morte das árvores de espécies de corte proibido, seja para utilização da madeira seja para o uso da área para o plantio de culturas exóticas ou atividades pecuárias. O Ibama vê com grande preocupação a utilização desses artifícios para a expansão das atividades agropecuárias em áreas proibidas em detrimento da preservação do Bioma Mata Atlântica. A fiscalização é rigorosa no combate a esse tipo de ação, afirma a chefe da fiscalização do Ibama no Paraná, Maria Luiza Gonçalves.