O gerente administrativo de uma fábrica de papel que fica dentro da fazenda Matão, no distrito de Guará, em Guarapuava, garantiu na quinta-feira, em entrevista à rádio CBN, que foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que invadiu a propriedade.
Na tarde de ontem, o secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari, disse estar surpreso com a invasão. Mas, segundo ele, as informações eram de que a invasão não era do MST, e sim do Movimento dos Trabalhadores Rurais (MTR).
Para o gerente administrativo da fábrica de papel, a comprovação de que a fazenda Matão foi invadida pelo MST é a presença de bandeiras do movimento no acampamento. Funcionários da propriedade dizem que mais famílias de sem-terra estariam chegando, vindas de um assentamento próximo.
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Se confirmada a invasão por parte do MST - e não do MTR - existe a comprovação de que o MST traiu um acordo firmado com o governo estadual na noite de quarta-feira. Pelo acordo, o movimento daria uma trégua nas invasões em troca do apoio do governo estadual para acelerar a reforma agrária.
Delazari não quis falar sobre como vão ficar as negociações entre governo e MST depois do suposto rompimento do acordo - que havia sido firmado 12 horas antes da nova invasão.
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