O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR) vai destacar uma comissão para avaliar a qualidade de água distribuída em Curitiba e região metropolitana. A comissão é a mesma que investigou o vazamento de quatro milhões de óleo da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, nos rios Barigui e Iguaçu, no ano passado. O objetivo é fazer um diagnóstico do problema da má qualidade da água fornecida pela Sanepar e oferecer uma solução para o caso.
A comissão mista é formada por cerca de 40 entidades, entre órgãos ambientais, sindicatos e representantes do Crea e Ministério Público (MP). O diretor financeiro do Sindicato dos Engenheiros do Paraná e membro da comissão, Rasca Rodrigues, explica que a questão da qualidade da água está diretamente ligada à engenharia. "E nosso objetivo é dar suporte técnico para o problema."
A comissão se reúne pela primeira vez nesta quarta-feira, para definir um cronograma de ação, formato e tempo de investigação e também uma data limite para ser apresentado um relatório. O resultado do trabalho será encaminhado ao MP para que sejam tomadas providências legais.
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A qualidade da água já foi questionada pela Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Procon), que analisou amostras coletadas em diversos pontos da cidade, depois que o número de atendimentos referentes a Sanepar aumentou 82% em menos de um ano. O MP apura denúncia protocolada pelo deputado federal Max Rosenmann (PSDB) de que a empresa estaria utilizando cloro em excesso para tratamento da água e uma Comissão Especial de Investigação da Câmara dos Vereadores de Curitiba também está avaliando os resultados de análises divulgados pela Sanepar.
Os problemas começaram com a proliferação de algas nas represas que abastecem à população. Na semana passada, foi constatada a presença de uma mancha de coloração branca, com suspeitas de que tenha sido causada por conta da decomposição das algas. A água está chegando aos consumidores com cheiro e cor.