Os alunos da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba e São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) decidem hoje através de um plebiscito se aceitam ou não o reajuste das mensalidades proposto pela instituição. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) promoveu uma campanha de redução das mensalidades e amanhã, após a contagem dos votos, saberá se tem ou não o apoio dos universitários para continuar a campanha. Na PUC estudam 17 mil pessoas e a expectativa é de que 10 mil alunos votem.
A PUC determinou um reajuste de 5%. Caso os alunos rejeitem esse aumento nos preços, a ação a ser tomada pelo DCE será definida em assembléia. "Agiremos conforme a decisão dos estudantes", disse Isaías do Carmo Filho, estudante de Direito e presidente do diretório central.
Segundo o pró-reitor Comunitário e de Extensão da PUC, Adilson Moraes Seixas, a PUC tomou uma decisão amparada pela norma que regulamenta as mensalidades. "Nosso índice poderia ser maior pois a lei determina que o reajuste pode atingir o limite da inflação e mais um percentual destinado à melhoria da qualidade de ensino", afirmou Seixas.
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Com o aumento das mensalidades previsto para o início do ano, os alunos que se matricularem no curso de Medicina irão pagar até R$ 1,2 mil. "Esse valor não é compatível com a realidade de muitos alunos ", afirmou Isaías. Segundo os cálculos do DCE, o índice de inadimplência pode atingir 20%. O DCE é contra qualquer tipo de reajuste.
A PUC alega que entregou uma planilha de custos para o DCE e informou que aproximadamente sete mil alunos têm algum tipo de vantagem para a conclusão do curso. "Os alunos comprovadamente carentes recebem bolsa-auxílio ou fazem estágios remunerados", disse Seixas. Em 2001 a PUC inicia cursos em suas novas sedes de Toledo e Londrina. Caso não haja acordo o DCE tentará resolver a questão na Justiça.