Na próxima segunda-feira, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, vai passar por uma auditoria externa, que vai avaliar os procedimentos internos da empresa. Durante quatro dias, a Bureau Veritas - que atua na área de sistema de gestão de qualidade, segurança e meio ambiente - vai deslocar quatro funcionários para uma vistoria, acompanhados de representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e de uma entidade ambiental.
A auditagem na Repar acontece depois que o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e o órgão similar estadual determinaram vistoria nas unidades que processam e manipulam petróleo. "Depois do acidente, no ano passado, todas as unidades da Petrobras vão ter que ser vistoriadas, até o fim desse ano", advertiu o secretário estadual do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto, acrescentando que outras empresas que atuam com petróleo devem fazer o mesmo procedimento.
Em 16 de julho de 2.000, vazaram de um duto da refinaria cerca de 4 milhões de óleo cru. E, em fevereiro deste ano, vazaram 300 mil litros de combustível na Serra do Mar.
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O secretário disse que os dutos da Transpetro (subsidiária da Petrobras, responsável pelos dutos e terminais) também devem ser auditados em uma etapa subsequente. Mas, para o diretor executivo da Sociedade de Pesquisa da Vida Selvagem (SPVS), Clóvis Borges, é preciso que a estatal estabeleça outras ações em paralelo para corrigir os danos causados pelos últimos vazamentos e evitar novos danos ambientais.
Um dos pontos questionados pelo ambientalista é quanto a realização de um diagnóstico detalhado das ações que deveriam estar sendo feitos na área atingida pelos 4 milhões de litros de petróleo. Borges entende que as ações traçadas pela Petrobras até agora estão sendo pontuais, sem ter uma visão macro do processo.
Borges afirmou que, somente depois do diagnóstico (determninado pela Justiça Federal), a Petrobras poderia implantar programas para minimizar os impactos sofridos no vazamento da Repar.
No entanto, o superintendente da refinaria, Rubens Novicki, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que todas as determinações legais estão sendo cumpridas. No próximo dia 12 de junho, a estatal vai realizar um seminário com as organizações não governamentais (ongs) para mostrar o que executou em medidas remediadoras, estudos e recuperação na região.