A pequena Isadora, quatro anos, vai para a escola todos os dias com os braços e pernas protegidos com repelente contra insetos. Sua mãe, a médica carioca Joelma Teixeira Boriam, não dispensa o uso diário do produto para evitar que a menina seja picada pelo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.
''O repelente é muito eficaz'', afirma a mãe. Ela é monitora do Ministério da Saúde para capacitação de profissionais médicos no diagnóstico e tratamento da dengue.
Desde que três casos de dengue hemorrágica foram confirmados na semana passada em Londrina, a preocupação da população aumentou de maneira expressiva.
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No Centro de Saúde José Belinati, os telefonemas não param. ''As pessoas perguntam principalmente sobre os sintomas da dengue'', diz a enfermeira Maria Lúcia Keiko Oguido.
Em Cambé, a secretária municipal de Saúde, Djamedes Maria Garrido, autorizou a compra de aproximadamente 200 frascos de creme à base de citronela para proteção dos 136 agentes de Saúde da Família, 55 agentes de controle da dengue e também da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). ''Nossa intenção é tentar ajudar a proteger nossos funcionários'', afirmou a secretária.
O uso de repelente no corpo é incentivado pelo médico infectologista Jan Stegmann. ''O repelente nos protege de qualquer doença transmitida por mosquitos'', esclarece ele.
Porém, se o produto for usado diariamente, o indicado é que seja aplicado apenas uma vez, pela manhã ou no final da tarde, horários em que o mosquito costuma atacar.
Entretanto, os preços do repelente afugentam o consumidor. Na Farmácia Central, o Autan (aerosol) custa R$ 6,80 e o Off (spray), R$ 9,80.
No Supermercado Viscardi, o repelente Autan custa R$ 6,48 (aerosol) e R$ 6,54 (gel). Já o Off fica por R$ 6,17 (aerosol) e R$ 7,98 (hidratante). Na maioria dos estabelecimentos, os preços não diferem muito.
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