O governador Roberto Requião (PMDB) anunciou nesta segunda-feira que a série de irregularidades identificadas pela auditoria do DER nas concessionárias das rodovias pedagiadas do Paraná deve reduzir as tarifas.
SEgundo a Secretaria Estadual de Comunicação, pela análise detalhada da auditoria, a redução pode variar entre 30% a 75%. "Espero que essa queda seja no mínimo de 50%, imediatamente", salientou.
Requião também anunciou uma nova proposta: "Que haja a cobrança de pedágio exclusivamente sobre as obras de manutenção de rodovias, como serviços de tapa-buracos", apontou. "É modelo que torna o pedágio bem mais barato".
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Ainda segundo Requião, essas obras seriam autorizadas pela Secretaria dos Transportes de conformidade com os preços praticados pelo DER. Nos casos de grandes obras ou de intervenções mais pesadas, os serviços seriam realizados com recursos tributários do governo estadual. A proposta do governador também é que se crie um fundo, a ser licitado, para a realização dos investimentos de maior valor.
Sobre a proposta do governador, o diretor da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, disse que seria necessário a rescisão do atual contrato e a contratação de novas empresas, ou a encampação dos pedágios para colocá-la em prática.
Requião afirmou que os altos valores do pedágio já estão causando prejuízos econômicos para o Paraná. "O Paraguai, por exemplo, deixou de importar combustível pelo terminal de Paranaguá. Os paraguaios estão optando pela compra de granéis líquidos pela Argentina, onde o pedágio é cinco vezes menor. Por isso, essa briga não é uma mera idiossincrasia, mas a defesa da economia do Paraná e que deveria ser assumida por toda sociedade".
Por sua vez, Chiminazzo afirmou que o pedágio é mais barato na Argentina porque as concessionárias contam com subsídios do governo federal de até 80%.
Leia mais: Governo ameaça intervir nas cancelas de pedágio