O grupo que coordena os estudos do Trem Pé-Vermelho no eixo Londrina-Maringá, no Paraná, e do trem de passageiros entre Caxias do Sul-Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, reúne-se nesta quarta-feira (27), no Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, para definir o plano de trabalho, atribuições e prazos para o encaminhamento das pesquisas de campo do projeto. Os recursos de R$ 800 mil para iniciar os estudos foram liberados pelo Ministério dos Transportes, sendo R$ 400 mil para os paranaenses e R$ 400 mil para os gaúchos.
Participam do encontro pelo LabTrans, gestora do projeto gaúcho, os professores Rodolfo Philippi, coordenador, e Amir Valente; pelo Governo Federal, Afonso Carneiro Filho, diretor do Departamento de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes; pela Ferroeste, Samuel Gomes, coordenador do grupo paranaense; e pela Trensurb, Paulo Roberto Cardoso Thimóteo, responsável técnico pelo projeto gaúcho. Também participam representantes do Lactec – Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, das universidades estaduais do Paraná (UEM e UEL) e do Rio Grande do Sul (Universidade Caxias do Sul.
O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Financeira, Social e Ambiental de transporte de passageiros, elaborado de acordo com Termo de Referência do Ministério dos Transportes, deve ouvir entre 30 e 40 mil pessoas do eixo Londrina-Maringá. O objetivo nessa fase é identificar as necessidades de transporte e deslocamento dos moradores e as linhas de desejo dos passageiros do Trem Pé-Vermelho. O prazo para a conclusão esta fase do estudo é o dia 11 de maio.
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PASSO FUNDO
O prefeito em exercício de Passo Fundo, René Cecconello, convidou o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, a participar de audiência pública no próximo dia 26 de fevereiro naquele município, localizado no Norte gaúcho, para atualizar o conjunto de passos dados desde o início da mobilização e evoluir para a discussão do traçado no Rio Grande do Sul a partir dos estudos existentes.
Cecconello, que veio ao Paraná liderando o Comitê de vereadores e entidades em apoio à mobilização para a criação da Ferrosul, afirmou que o grupo quer ajudar a criar um espaço de articulação das forças políticas e empresariais da região para viabilizar a ferrovia em seu Estado. Pelo atual projeto da Ferroeste, um dos ramais vai até Chapecó (SC), na divisa com o RS.
Participaram da reunião na Ferroeste, nessa segunda-feira (25), o vereador Juliano Roso (PcdoB); o presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio de Passo Fundo (Acisa), Dimas Froner; o empresário Elmar Luiz Floss, presidente do Conselho de Desenvolvimento de Passo Fundo; além de Joel Benin (PcdoB) e Nelson Soffiatti (BRDE).
"Manifestações como esta da comunidade de Passo Fundo demonstram que a transformação da Ferroeste em Ferrosul não é apenas uma ideia defendida por nós, mas uma necessidade percebida pelo conjunto da sociedade e dos governos da região Sul do Brasil. A criação da Ferrosul nasce de um amplo movimento social. Daí a sua força irresistível", disse o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes.
Segundo o vereador Juliano Roso, autor da proposta de criação do comitê de apoio à Ferrosul em Passo Fundo, a importância do projeto para o Norte e Noroeste gaúcho é estratégica. Roso lembra que Passo Fundo é um pólo econômico importante na área do agronegócio e da indústria de máquinas.
Em 8 de outubro, a Ferroeste fez uma audiência pública para discutir o novo ramal de Chapecó no município de Nonoai, no Rio Grande do Sul, quando foi elaborada a Carte de Nonoai, "certidão de nascimento da Ferrosul", segundo Samuel Gomes.