O governador Beto Richa disse nesta segunda-feira (14), em entrevista ao jornal Paraná TV, que o Governo do Paraná está tomando todas as providências para atender os moradores de Antonina, Morretes e Paranaguá, no litoral do Estado, afetados pela chuva, que interditou estradas e deixou milhares de desabrigados. "Uma situação como essa passa a ser prioritária e emergencial dentro das demandas do governo", disse Richa. "Instalamos um gabinete de emergência e reunimos todo o secretariado com a polícia rodoviária e com a concessionária Ecovia, para fazer um trabalho coordenado, com mais eficiência e agilidade", afirmou o governador. O número de pessoas atingidas pelas chuvas no Paraná chegou a 24.828 e o de desalojados subiu para 8.753. Destes, 8 mil estão no município de Morretes, o mais atingido até agora, onde já foi decretado estado de calamidade pública. Duas pessoas morreram no fim de semana e duas estão desaparecidas. A terceira morte, que havia sido confirmada pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Morretes, passou a integrar o número de pessoas desaparecidas, pois ainda não foi localizado o corpo da vítima.
Os dados são do balanço liberado pela Defesa Civil ao meio-dia desta segunda-feira (14). Ao todo, sete municípios foram afetados pelas chuvas. Em Antonina, 300 residências foram danificadas e 20 destruídas. Desalojados que se socorreram na casa de parentes e amigos somam 600 e 150 pessoas estão instaladas em abrigos públicos. Também há registros de danos e desalojados em Guaratuba, Paranaguá, Honório Serpa, São José dos Pinhais e Mangueirinha. A previsão é de chuvas fracas a moderadas ao longo da tarde no litoral e na Serra do Mar.
Richa sobrevoou a região litorânea no domingo e visitou as áreas atingidas por deslizamentos de encostas nas cidades de Antonina e Morretes e nas estradas. No sobrevôo foram feitas imagens para subsidiar as ações do governo no socorro às vítimas. O governador também acionou os ministérios da Defesa, da Integração Regional e a Casa Civil, em busca de recursos federais para ajudar os municípios afetados e atender moradores que perderam as casas e precisam de alimentos, medicamentos, água, roupas e outros utensílios. "Vamos fazer um levantamento e ver o que é possível ajudar em termos financeiros. O Ministério da Integração Regional colocou-se à disposição para ajudar financeiramente, principalmente os três municípios mais afetados", disse Richa (com AEN).