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Rio sobe e inunda 150 casas em invasão

Redação - Folha do Paraná
31 jan 2001 às 22:02

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A subida rápida do Rio Mascate alagou cerca de 150 casas no Bairro Iguaçu 2, em Fazenda Rio Grande (Região Metropolitana de Curitiba). Até o final da tarde desta quarta-feira, apenas duas famílias haviam aceitado deixar suas casas. Elas foram abrigadas na Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima.

As casas atingidas ficam nas margens do rio, em uma área invadida. As leis ambientais determinam que uma faixa de 30 metros em cada margem de um rio seja coberta com vegetação.

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Há três versões para a subida do nível do rio. Moradores do bairro acusaram a prefeitura de ter aberto -depois de uma forte chuva de anteontem à noite- as comportas de um lago abastecido pelo rio, no Parque Verde, acima do bairro.

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A Prefeitura alega que, por ficar em uma área baixa, o Rio Verde foi represado pelo Rio Iguaçu, do qual é afluente. Já o Corpo de Bombeiros de Araucária, que atende Fazenda Rio Grande, informou que a causa do alagamento teria sido o transbordamento da represa de um pesque-pague nas proximidades.

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Segundo a faxineira Cleusni Teresinha Rodrigues, 39 anos, que mora no local e teve a casa atingida, os alagamentos ocorrem a cada chuva forte. ""Somos pessoas carentes e cada vez perdemos um pouquinho das poucas coisas que temos"", disse Cleusni.


O secretário de governo, Caio Zadkoski, afirmou que a prefeitura está elaborando um plano para transferir as famílias da área invadida para outro local. O prefeito Antonio Wancher (PPS) assumiu o cargo há exatamente um mês. Zadkoski disse também que as famílias não estavam aceitando deixar suas casas ontem, mesmo com a água já atingindo os móveis, com medo de que elas fossem saqueadas.


Colombo - Em Colombo (também na Região Metropolitana de Curitiba) duas famílias ficaram desabrigadas em consequência do transbordamento do Rio Palmital. Um dos casos ocorreu no bairro Monte Castelo e o outro, na Vila Nova. As famílias se hospedaram na casa de parentes.

Segundo a prefeitura, a principal causa do alagamento é o acúmulo do lixo, jogado pelos próprios moradores. Em um trabalho de limpeza recente, a prefeitura encontrou até sofá e fogão no leito do rio.


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