A Cidade do Rock está prestes a tremer sob os decibéis das toneladas de som que irão rolar no Rock in Rio. À medida que a data se aproxima, aumenta a procura nas agências de turismo que oferecem pacotes para o evento. Com um detalhe: nem todas apresentam um plano casado, juntando bilhetes e passagens. Aí corre-se o risco de chegar ao Rio e ficar fora da festa.
As opções são diversas: desde o pacote econômico que oferece passagens de ônibus ida e volta (sai na sexta-feira e na segunda está de volta), até o de transporte aéreo, com estadia em hotéis. O preço máximo é de R$ 1.204,00 contra os R$ 140,00 cobrados num ônibus convencional.
De acordo com Michele de Oliveira, da agência Século XXI, um ônibus de 50 lugares já foi fechado para o dia 14. A empresa colocou à disposição do público veículos para todos os dias do festival, mas a preferência recai para este final de semana. São cobrados dois valores: R$ 140,00, em ônibus normal e R$ 190,00 no ônibus-leito. Detalhe: a Século XXI vende apenas a passagem, não inclui o ingresso.
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O promotor de vendas, Freire, da Paraisotur, comentou que o mercado "está começando a aquecer". A procura intensificou-se a partir de quinta-feira. Um problema que ronda as operadoras de turismo são as normas ditadas pelos organizadores do evento: os pacotes que eles oferecem são de vendas casadas de ingresso e hotel. Com esse engessamento, restringem-se as opções.
Mas é o mais seguro. O plano que a Paraisotur apresenta inclui dois pernoites com café e jantar, ingressos para os dias 13 e 14, traslado, guia acompanhante. Custa R$ 520,00, financiado em até quatro vezes.
A BBTur também detectou maior interesse do público, mas a exemplo da Século XXI oferece pacotes apenas nas passagens, sem anexar os bilhetes para os shows. São duas noites em hotéis à escolha do cliente. O mais sofisticado é o Rio Othon Palace. De acordo com o endereço, tem-se valores diferentes. Nos apartamentos duplos os preços variam de R$ 576,00 a R$ 687,00; os triplos de R$ 406,00 a R$ 669,00 e o single de R$ 779,00 a R$ 1.204,00. Segundo o promotor de vendas José Luiz Spegel, podem ser pagos até quatro vezes sem juros.
Na estrada
O jornalista Marques Júnior, 28 anos, está de malas prontas para ir ao Rock in Rio, ou melhor, para ver a banda REM, que pela primeira vez chega ao Brasil. Célebre por manter-se na sua, sem se curvar ao delírio da fama, o conjunto passou muitos anos de sua carreira vivendo à margem do sistema fonográfico e ainda traz as marcas do mundo alternativo. O resto, naturalmente, é lucro. "Legal num festival como esse é a oportunidade de ver coisas diferentes, que você jamais veria num outro momento".
Espectador de grandes shows internacionais e do Hollywood Rock (esteve em dois anos consecutivos), Marques Júnior decidiu-se pela data do Rock in Rio assim que foi anunciada a presença do R.E.M. "A gente não sabe quando vai ser o último show deles e talvez nem voltem mais". Coisa de fã: sai de Curitiba na noite de sexta-feira e na segunda pela manhã está de volta, trabalhando. "Tenho a semana inteira para dormir", simplifica.