A Sanepar se comprometeu a atender a determinação do Procon de apresentar, em 20 dias, uma proposta de solução para o problema da qualidade da água que é distribuída para 75% da população de Curitiba e municípios da Região Metropolitana.
Em entrevista coletiva, o gerente de Produção da empresa, Agenor Zarpelon, informou que um consultor da Universidade de São Paulo (USP), Campus de São Carlos, indicará as ações necessárias para minimizar os efeitos da superpopulação de algas na Barragem do Iraí, que estão causando alterações de gosto e odor na água tratada.
O professor Luiz Di Bernardo ficou de apresentar um diagnóstico das condições da barragem em uma semana. O prazo para resolver o problema, segundo a empresa, dependerá desta avaliação e das medidas a serem adotadas. A Sanepar também contratará um consultor francês para trabalhar no plano de manejo da represa.
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A curto prazo, a única medida a ser tomada pela estatal é o reforço na camada de carvão ativado dos filtros das estações de tratamento de água (ETAs) Tarumã e Iguaçu e continuar a aplicação deste mesmo produto numa das etapas do processo de tratamento.
A Secretaria de Estado da Saúde, garantiu o gerente de Avaliação de Conformidades da Sanepar, Carlos Eduardo Pierin, comprometeu-se a agilizar as análises de toxicidade que estão sendo feitas em São Paulo e desenvolver estudos em torno dos efeitos da geosmina, substância liberada pelas algas que provoca cheiro e gosto na água.
Uma das constatações dos técnicos da Sanepar até agora é que está havendo um aumento no teor de fósforo na água da barragem que, junto do nitrogênio, é a principal fonte de alimento das algas. Segundo Zarpelon, o fósforo estaria presente em algum dos afluentes de contribuição da represa possivelmente pelo lançamento de efluentes industriais.
De acordo com o técnico da Emater e presidente da Câmara Técnica da Bacia do Iraí, Edinei Bueno, está sendo elaborado um plano emergencial para identificar que tipos de lançamento estariam comprometendo a qualidade da água da barragem e as medidas para conter essa contaminação.
A proliferação das algas na barragem, segundo a bióloga da Sanepar, Cláudia Vítola Pacheco, não diminuiu. Ela garante, no entanto, que a concentração de algas está sendo constantemente monitorada nas entradas das ETAs e que os níveis não seriam preocupantes. Segundo Cláudia, a liberação de toxinas só se daria numa concentração maior que 20 mil células por mililitro de água. "A maior contagem até agora foi de 10 mil células no Iguaçu."