O prédio da Santa Casa Monsenhor Guilherme de Foz do Iguaçu, avaliado em R$ 7 milhões, foi levado a leilão pela Justiça do Trabalho hoje (22/02), juntamente com parte dos equipamentos do hospital. Mesmo os lotes sendo oferecidos pela metade do preço, não houve interessado em adquirir os bens.
Segundo a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Foz e Região (Sindisaúde), o motivo principal que mantém os possíveis compradores afastados é a intervenção da prefeitura mantida há três anos. Para o presidente Antonio Marcos de Oliveira, enquanto houver ""questões políticas"" envolvidas no caso, os 112 funcionários que entraram com ações dificilmente receberão o que lhes são de direito.
A crise na Santa Casa de Foz vem piorando nos últimos seis meses. Em outubro do ano passado, os funcionários fizeram greve, protestando contra salários atrasados (que chegavam a R$ 320 mil) e a suspensão determinada pela Prefeitura de 40 dos 150 leitos destinados aos atendimentos pelo SUS. O hospital tem capacidade de manter 200 pacientes, sendo 50 leitos destinados aos particulares.