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Em Foz do Iguaçu

Santa Casa pode reduzir atendimentos

Redação - Folha de Londrina
09 jul 2003 às 22:33

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O impasse entre a Santa Casa Monsenhor Guilherme e a prefeitura de Foz do Iguaçu por causa de subvenções deve atingir a população. O principal hospital da cidade convocou nesta quarta-feira uma assembléia com seus mantenedores para discutir a redução no número de assistências no pronto-socorro, uma moção de repúdio ao prefeito Sâmis da Silva (PMDB) e vereadores.

O setor de emergência e urgência recebe em média 400 pessoas diariamente, porém cerca de 100 necessitam de rapidez no socorro, conforme o hospital informou. Em virtude dessa sobrecarga, a unidade tem diminuído gradativamente as assistências não emergenciais, mas agora podem ser cortadas de vez.

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O artigo cinco do edital de convocação da assembléia apresenta como pauta discussão e aprovação à postura de ''atender única e exclusivamente os casos de urgência e emergência em seu pronto-socorro, no estrito cumprimento dos termos do acordo celebrado em 28 de novembro de 2001'' e transformado em lei 26 em dezembro de 2001.

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É justamente essa lei municipal a origem do desentendimento. Em junho, a Irmandade Monsenhor Guilherme, mantenedora do hospital, enviou ofício ao prefeito exigindo o cumprimento do acordo, que determina recomposição dos repasses com base no Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM).

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Segundo o ofício, o município deveria ter depositado R$ 490,15 mil mensalmente à Santa Casa de janeiro a junho, mas enviou R$ 391,17 mil. A soma dos seis meses chega a R$ 593,88 mil.


Sâmis, por sua vez, encaminhou um projeto à Câmara Municipal para acabar com a cláusula contratual que estipula o IGPM como índice do reajuste. Segundo a procuradoria do município, a subvenção não deve ser corrigida pelo IGPM, mas sim por unidades de serviços prestados.


Na terça-feira à noite, a matéria foi aprovada pelo Legislativo. A resposta da Santa Casa veio rápida. Hoje, os diários locais publicaram o edital da assembléia, marcada para 16 de julho. A Irmandade também quer denunciar o caso ao Ministério Público e aprovar moção de repúdio ao prefeito e aos vereadores que aprovaram o corte do IGPM.

O prefeito informou ainda que a administração liberou R$ 7,6 milhões, sempre com os depósitos realizados ''religiosamente'' em dia.


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