A Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde coletou amostras de água das estações do Tarumã, Iguaçu e de casas do bairro Jardim das Américas, em Curitiba, para comprovar se o produto segue o padrão de qualidade determinado pelo Ministério da Saúde. A iniciativa foi tomada depois de denúncia feita pelo deputado federal Max Rosemann (PSDB) dando conta de que a água tratada no Paraná teria excesso de cloro e outros produtos nocivos à saúde.
A Sanepar nega que os produtos químicos utilizados no tratamento de água ultrapassem a quantidade determinada pelo Ministério da Saúde. O índice é baseado em normas da Organização Mundial de Saúde. Segundo o gerente de avaliação de conformidades da empresa, Carlos Eduardo Pierin, são realizadas análises mensais para garantir o padrão e a qualidade do tratamento. Mesmo enviando essas análises para a Vigilância Sanitária, a Secretaria Estadual de Saúde decidiu coletar amostras e enviá-las para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para comparar os resultados.
De acordo com a Portaria 36/90, do Ministério da Saúde, o valor máximo permitido para cada litro de água é 1,5 miligrama de cloro e 0,1 de trialometano. Esses produtos em excesso, conforme aponta a denúncia do deputado, podem causar câncer. Pierin afirma que não existem estudos confirmados sobre os malefícios desses produtos e garante que a Sanepar segue os padrões determinados pelo Ministério.
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A qualidade da água, no entanto, é questionada pelos próprios moradores. É o caso da dona de casa Rita Sheffer, que mora no Jardim das Américas, a menos de um quilômetro da Estaçao de água do Iguaçu. "Aqui em casa só tomamos água mineral, não tenho coragem de beber água da torneira", disse.
Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha do Paraná deste sábado