A rede pública estadual de ensino tem uma carência de professores para 10 mil alunos segundo admitiu a própria secretária da Educação, Alciona Saliba, em audiência pública na Comissão de Educação da Assembléia Legislativa.
As deficiências estariam localizadas principalmente na Região Metropolitana de Curitiba e nas periferias de Londrina e Maringá. A Secretaria de Estado da Educação não soube informar o número de professores que seria necessário para atender os 10 mil alunos. Saliba foi sabatinada durante três horas e meia pelos deputados da Comissão.
De acordo com ela, o problema ocorre por causa da migração de alunos para áreas periféricas e pelas novas matrículas que ocorreram no início deste ano. "Quinhentas turmas novas foram formadas no início deste ano, com 20 mil novas matrículas. Sabíamos que teríamos deficiência na Região Metropolitana de Curitiba e por isto montamos uma força tarefa que resolveu a deficiência. Mas teremos sempre 1% de suprimento em aberto, apesar de termos equalizado os problemas iniciais", justificou a secretária.
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Ela negou que tenha havido falta de planejamento da Secretaria de Estado de Educação. De acordo com ela, o sistema educacional do Paraná é complexo. Em todo o Estado, são 1,6 milhão de alunos da rede pública estadual. Deste total, 1,3 milhão estão no ensino regular, com 55 mil professores docentes e 100 mil cargos. "Se formos ver este universo, o problema é pequeno e afeta um percentual mínimo de alunos", salientou.
Um dos principais pontos em questionamento na reunião foi a realização de concurso público para suprir as vagas que faltam para ser completadas. "A saída para tudo isto seria o concurso público, mas a secretária não quer contratar", afirmou Romeu de Gomes Miranda, presidente da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato).
Alcyone Saliba rebateu as declarações de Miranda e garantiu que foi realizado um concurso público no ano passado, quando 40 mil professores se inscreveram e seis mil foram aprovados. Apenas 1,05 mil foram contratados. "Os demais serão chamados na medida da nossa necessidade", salientou. A
Leia mais em reportagem de Luciana Pombo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira