O secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Aldo Parzianello, afirmou nesta quinta-feira, ao Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Paraná (Sinssp), que pretende intermediar uma solução pacífica entre os agentes de disciplina, em greve, e as empresas responsáveis pela segurança de cinco presídios no Estado. Mas, ele disse que se houver desestabilização do sistema penitenciário, com falhas na segurança, pode quebrar os contratos firmados, como já está previsto nos documentos.
Os agentes estão em greve desde quarta-feira. De acordo com o Sinssp, 100% dos trabalhadores da Penitenciária de Londrina aderiram à paralisação, onde 30% trabalham em caráter emergencial. Na Casa de Custódia de Londrina, a adesão foi de 80%, e na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), de 75%. Os agentes da Casa de Custódia de Curitiba e da Penitenciária Industrial de Guarapuava devem entrar em greve ainda nesta semana, segundo o Sinssp. Também há unidades terceirizadas em Foz do Iguaçu e Cascavel.
Os agentes terceirizados reivindicam isonomia salarial com os funcionários do quadro do Estado. Os terceirizados recebem R$ 450,00 e os estatutários, R$ 1,2 mil pela mesma função. O secretário disse que precisa estudar melhor o contrato com as empresas. O sindicato tem uma reunião marcada na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) com a Montesinos, empresa que emprega a maior parte dos terceirizados, na próxima quarta-feira.