Servidores públicos estaduais do sistema penitenciário decidiram em assembléia que não entram em greve. Eles tentarão negociar com o governo pelo diálogo. Para tanto, criarão uma federação composta por integrantes do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário (Sinssp), Sindicato das Classes Policiais Civis no Estado do Paraná (Sinclapol), Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai) e servidores lotados em instituições que abrigam menores infratores, que não possuem sindicato.
"A intenção é formular uma pauta unificada, fortalecendo as categorias pela federação para tentarmos negociar com o governo", disse Wilson Brasil, delegado sindical da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM). No entendimento do Sinssp, a deflagração de greve em penitenciárias é mais arriscada do que na área de saúde, por isso, só será cogitada caso as reivindicações não sejam atendidas.
"Não queremos greve, porque poderia causar danos à população e aos próprios agentes. Isso porque, uma paralisação poderia ocasionar rebeliões, fugas em massa e até mortes", disse o delegado do sindical da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), Gustavo Gonçalves.
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De acordo com os presidentes do Sinclapol, Luiz Bordenowski e da Amai, coronel Elizeu Furquim, por trabalharem em áreas de segurança pública, ambas as categorias também não farão greve. "O governo está se mostrando sensível diante de nossas reivindicações", afirmou Bordenowiski.
A nova federação quer reajuste salarial de 50,03%, por conta dos salários defasados há seis anos. Reivindica ainda planos de cargos e salários, concurso público para reposição de efetivo.