Os médicos do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba fizeram na manhã de ontem uma lista com os nomes dos três profissionais indicados pela categoria para assumir a diretoria do órgão. A decisão de fazer a lista tríplice foi tomada após uma assembléia realizada na noite de anteontem, onde os médicos avaliaram a proposta de entrar com uma ação judicial pedindo o afastamento do interventor Eloy Fernandes de França e a indicação imediata de um médico legista de carreira para comandar o órgão.
A ação judicial estaria baseada no artigo 50 da Constituição Estadual, que prevê que o cargo de diretor do IML tenha que ser ocupado por um profissional de carreira. Mas a pedido do secretário de Estado da Segurança Pública, José Tavares, os legistas resolveram aguardar as modificações prometidas.
Os legistas querem que a intervenção - que dura nove meses - tenha fim. Mas reivindicam a permanência do delegado Agenor Salgado na entidade para continuar apurando as supostas irregularidades da antiga administração, comandanda por Francisco Moraes e Silva. Entre as irregularidades destacadas estão a falsificação de laudos, a emissão de diárias frias e a comercialização de cadáveres.
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O delegado-geral da Polícia Civil, Leonyl Ribeiro, disse que as modificações ainda não foram estudadas. Mas as alterações estão previstas para os próximos dias. O secretário José Tavares referendou a afirmação de Ribeiro. "A qualquer momento poderemos ter definições sobre o assunto", declarou ele. O delegado Agenor Salgado, que investiga as supostas irregularidades, não quis falar sobre o assunto. "Não tenho influência na área administrativa. Apenas no que tange as investigações", complementou.