Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo um ônibus e um caminhão carregado de um produto químico explosivo, na Cidade Industrial, zona sul de Curitiba. A operação movimentou uma equipe de cerca de cem pessoas, mas não foi real. Trata-se de um acidente simulado promovido durante a Semana Nacional de Prevenção de Acidentes, que encerra no próximo domingo.
O atendimento foi prestado pelo Corpo de Bombeiros e Siate e envolveu a Defesa Civil do Paraná, além do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Ibama, Copel e Bptran.
Este foi o sétimo acidente simulado promovido apenas este ano em Curitiba e o primeiro envolvendo produtos químicos. O objetivo, explica o coordenador regional da Defesa Civi, Luiz Antônio Borges Vieira, é treinar as equipes responsáveis pelo resgate nesse tipo de acidente.
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É uma atitude preventiva, conforme explica Vieira. Ele ressalta a importância da situação simulada, já que aumenta a cada dia a circulação de veículos transportando produtos químicos. Para ele a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros não estão preparados para acidente envolvendo esse tipo de material. "Por isso estamos exercitando", justifica.
No simulado de ontem, participaram trinta voluntários que se fizeram passar por vítimas no acidente. Maquiados e dividos por níveis de gravidade variáveis - entre lesões leves até óbito - as "vítimas" eram estudantes de medicina e enfermagem, além de funcionários de hospitais de Curitiba.
"Ao mesmo tempo que estamos prevenindo a população estamos ajudando a equipe do Siate a treinar", comentou a estudante do 4º ano de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), Francine Monteiro Rosa, uma das "vítimas". "Para o Siate e o Corpo de Bombeiros esta é uma situação real", complementa.
A partir do próximo ano, a Defesa Civil do Paraná quer ampliar o treinamento do Siate promovendo simulados surpresas, sem avisar a equipe. Segundo a Defesa Civil este é um procedimento para que a corporação esteja sempre preparada para os acidentes.