Um dia depois de virar notícia, o site com fotografias pornográficas de crianças ainda podia ser acessado na Internet. O delegado-titular do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), Harry Carlos Herbert, disse que a desativação da página virtual só vai ocorrer quando o provedor (empresa que mantém a home-page na rede) for identificado.
A polícia já tem a confirmação de que o site é brasileiro. No entanto, Herbert declarou que ainda não é possível afirmar que ele tenha sido criado no Paraná ou em Curitiba, onde foi descoberto na segunda-feira. Os dois especialistas do Sicride em rastrear páginas de pedofilia na rede mundial de computadores foram destacados para trabalhar no caso.
Herbert disse ainda que não tem elementos para garantir se a home-page poderia ou não ser obra da quadrilha de pedófilos desbaratada em março deste ano na Capital do Estado. As mesmas fotografias veiculadas no site foram apreendidas em CDs produzidos pelo grupo. "Essas fotografias podem ser copiadas, ficam circulando pelo mundo todo. A quadrilha pode até ter pirateado as fotos, mas temos que confirmar todas estas hipóteses."
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De acordo com Herbert, os acusados de integrar a quadrilha só vão ser chamados para depor se surgirem indícios da participação deles na construção do site. A página foi descoberta através de uma palavra chave: "satanismo", que significa o culto ao demônio. A Interpol (Polícia Internacional) entrou no caso para identificar a possibilidade do site estar sendo controlado do exterior.
"Estamos ainda no início dos trabalhos, mas é possível chegar lá, mesmo que a página saia do ar", disse Herbert. O delegado do Sicride alertou os pais para exercer controle rigoroso na hora em que os filhos naveguem pela Internet. Para entrar no site de pedofilia, não é preciso qualquer senha ou pagamento. "O que é mais intrigante é que qualquer criança que saiba mexer num computador possa ter acesso. É recomendável que os pais sejam vigilantes."