O presidente da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS), o brasileiro Clóvis Ricardo Schrappe Borges, foi um dos dois escolhido para receber o 2001 World Climate Technology and Leadership Awards. O prêmio é concedido anualmente pela Agência Internacional de Energia (AIE) através do programa Iniciativa pela Tecnologia Climática (ITC) para indivíduos e organizações que alcançaram avanços no uso de tecnologias que não sejam nocivas ao clima.
Segundo a AIE, Borges foi escolhido por liderar a sua organização, com sede em Curitiba, na proteção das florestas no Brasil. "Borges tem demonstrado como projetos de conservação florestal de grande escala podem se beneficiar da preservação da biodiversidade e da mitigação da mudança climática", disse a AIE.
A cerimônia de premiação deverá ocorrer no dia 6 de novembro no Marrocos, durante a VII Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-7), principal fórum da ONU sobre mudança climática.
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Seqüestro de carbono - A SPVS tem sido pioneira em projetos de seqüestro de carbono no Brasil, através do programa de Ação Contra o Aquecimento Global, que pretende retirar da atmosfera, em 40 anos, 2,5 milhões de toneladas de carbono, através de reflorestamento e desenvolvimento sustentado no litoral do Paraná.
O programa consiste em uma parceria com a The Nature Conservancy (TNC) e patrocínio de grandes empresas emissoras de gases do efeito-estufa, que esperam recuperar o investimento com a adoção futura dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - previsto pelo Protocolo de Kyoto -, pelo qual poderão compensar parte de suas emissões pelo carbono seqüestrado no projeto.
Os primeiros projetos, desenvolvidos desde 1999 no litoral norte, estão sendo financiados pela American Electric Power (7 mil hectares) e pela General Motors (12 mil ha), dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba. As duas empresas devem investir cerca de 15,4 milhões de dólares no programa. Em setembro último, mais mil hectares de Mata Atlântica, do litoral sul paranaense, foram beneficiados, através de parceira com a Texaco, de cerca de 3 milhões de dólares.
As áreas envolvidas são compradas pela SPVS para se tornarem Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). São regiões bastante degradadas pela criação de búfalos onde está sendo implantada a restauração florestal e acompanhamento das áreas de influência, onde são incentivadas atividades sustentáveis, que não ameacem a floresta.