O quarto acusado de participar do assassinato do estudante Bruno Strobel, morto a tiros em 2007 por seguranças da Centronic, foi condenado na tarde desta quarta-feira (24) a quatro anos e seis meses de prisão. Ricardo Cordeiro Reysel, supervisor da empresa, foi considerado culpado pelo crime de prática de tortura mediante sequestro. Ele era acusado de mais três delitos no caso, mas não sofreu outras condenações.
O júri absolveu o supervisor da Centronic dos crimes de homicídio triplamente qualificado, cuja pena era de 12 a 30 anos de reclusão, ocultação de cadáver, de um a três anos, e formação de quadrilha, que tem pena de dois a seis anos.
Ricardo Reysol já está preso há quatro anos e sete meses, um mês a mais do que a pena a que foi condenado. Por essa razão, a juíza determinou que ele seja colocado em liberdade e que aguarde o recurso fora da cadeia.
A acusação entende que Ricardo Reysel participou do crime de homicídio, já que a decisão de matar o estudante teria sido tomada na sede da Centronic, na presença do supervisor da empresa. A família de Bruno Strobel confirmou que vai recorrer da decisão do júri.
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Outros três seguranças da Centronic também já foram julgados e condenados em primeira instância: Marlon Balem Janke, a 23 anos em regime fechado, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, a 13 anos, e Eliandro Luiz Marconcini, a 12 anos e 11 meses de detenção. No total, sete pessoas são acusadas de participar do crime.
O caso - Bruno Strobel desapareceu no dia 2 de outubro de 2007 e seu corpo foi encontrado uma semana depois, com um tiro na cabeça, na Rodovia dos Minérios, em Tamandaré. O jovem, filho do jornalista Vinícius Coelho, teria sido morto por funcionários da Centronic após ter sido flagrado pichando o muro de uma clínica, no bairro Alto da Glória.
A acusação é de que ele foi levado para a sede da empresa, onde foi torturado por seguranças, que decidiram matá-lo ao descobrir que era filho de Coelho.
O pai de Bruno Strobel faleceu em 27 de junho deste ano, em Curitiba. O jornalista foi atropelado por um automóvel e não resistiu aos ferimentos. Coelho acompanhou todos os julgamentos do caso até então.