O secretário Estadual de Segurança Pública, José Tavares, afirmou que teria dado ordens "pessoalmente" ao chefe do Departamento de Penitenciária (Depen), Pedro Marcondes para que o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), José Márcio Felício, conhecido como Geléia, fosse colocado em "local seguro para ele e para todos os demais detentos". Isto, entretanto, não aconteceu. Geléia chegou no dia 1º de junho na PCE e ficou em celas comuns junto aos demais presos.
A denúncia de "negligência" na recepção do preso foi feita, na segunda-feira, pela presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Sandra Regina Duarte. "Me disseram que o risco era o mesmo se o colocassem em ala isolada ou junto aos presos porque a ação já estava orquestrada e aconteceria independente de onde ficasse o Geléia", afirmou o secretário.
Geléia foi transferido no dia 1º para a PCE, depois de uma operação frustrada de troca de presos. Geléia chegou a viajar até Brasília, para ser trocado por um preso londrinense que estava na prisão da Papuda, no Distrito Federal. Quando os agentes daquela cidade ficaram sabendo que o preso do Paraná era Geléia, principal liderança do PCC no Brasil, teriam desistido da troca e enviado o detento de volta ao Paraná. "Eles alegaram que já tinham o Fernado Beira-Mar e Borelli e não queriam mais um preso deste nível", disse o secretário.
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Tavares também foi questionado sobre a ineficiência da Secretaria em apreender armas e aparelhos celulares, alguns em poder dos detentos desde a última rebelião em outubro. "Nós sempre fazemos varredura, passamos detectores de metal. E temos o maior interesse em desvendar como é que estas armas foram entrar dentro do presídio, uma vez que a vistoria é rigorosa", disse.
Para conseguir controlar a PCE novamente, o secretário conta com a estrutura da nova penitenciária de Piraquara, de segurança máxima, a qual deve ser inaugurada até o final do ano. Ele também espera ter maior controle sobre a existência de aparelhos celulares através de um sistema que utiliza tecnologia israelense para rastreamento e bloqueamento dos aparelhos. Ele aguarda apenas que o Ministério da Justiça aprove o novo método.