Uma tempestade no final da tarde de ontem deixou cerca de 20% dos moradores de Curitiba e Região Metropolitana sem luz. De acordo com a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), os raios e o vento forte, que derrubou árvores sobre a rede elétrica, foram os responsáveis pelo blecaute.
O coordenador do Centro de Operações de Distribuição da Copel, Walter Gibramt Cardoso, disse que a chuva forte, que durou meia hora, danificou pelo menos 12 alimentadores em Curitiba. Isso representa cerca de 10% do número de equipamentos instalados pela cidade.
No início da noite de ontem, a Copel contabilizava pelo menos 48 mil casas afetadas pela falta de energia elétrica em bairros do sul ao norte da Capital. A região norte foi a mais atingida. Na Região Metropolitana, o número de consumidores atingidos foi de aproximadamente 20 mil. "Mas esses números vão crescer ainda mais, quando o sistema for sendo religado", afirma Cardoso. A expectativa da Copel era restabelecer o fornecimento de energia elétrica em Curitiba e Região Metropolitana até o final da noite de ontem.
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Os temporais têm sido frequentes no Paraná nos últimos dias. Ontem, em Ponta Grossa, Região Central do Estado, por exemplo, o clima era de reconstrução. A prefeitura está pedindo à comunidade a doação de roupas, alimentos e cobertores para atender as famílias atingidas pela chuva de terça-feira, que provocou desabamentos, destelhamentos e alagou diversas casas em vários pontos da cidade.
Nenhuma das famílias atingidas optou por recorrer ao alojamento oferecido pela prefeitura, mas as equipes da Secretaria de Assistência Social continuam prestando atendimento aos atingidos, que se abrigaram em casas de parentes e amigos.
Em duas localidades - Itaiacoca e Piriquitos - as escolas estão funcionando parcialmente desde a segunda-feira por causa da chuva dos últimos dias, que provocou estragos nas estradas das duas regiões. O funcionamento do transporte escolar hoje vai depender do tempo.
Os moradores do bairro Tarumã, em Curitiba, e de Pinhais, na Região Metropolitana, onde mais de 200 casas foram atingidas pela chuva na tarde de terça, em função do transbordamento do Rio Atuba, contabilizavam ontem os prejuízos causados pelo alagamento. "A água baixou, mas estamos sofrendo as conseqüências do alagamento. Perdemos alimentos, móveis, roupas e calçados", disse a dona de casa Rosana Neves, de 36 anos, que mora com a mãe e quatro filhos. A casa dela, que fica às margens do rio, foi a mais atingida. Rosana pediu ajuda à Fundação de Ação Social (FAS), para que seja reposta a alimentação que perdeu. (Colaboraram Erika Wandembruck, de Curitiba, e Denise Angelo, de Ponta Grossa)