O comandante do Batalhão de Policiamento de Guarda da Polícia Militar, tenente-coronel Nemésio Xavier, assumiu ontem a direção da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava no controle do presídio desde a última terça-feira, quando a maior rebelião do Paraná chegou ao fim, com saldo de quatro mortos. Xavier substitui Luiz Carlos Couto, que só será informado da nova função que deve assumir na próxima segunda-feira.
A Secretaria de Segurança Pública nega que Couto tenha sido afastado por causa da rebelião. A secretaria informou que o afastamento de Couto aconteceu em "comum acordo" entre o ex-diretor da PCE e o secretário José Tavares.
Ele deixou o cargo quando a PM assumiu o comando da PCE depois das transferências dos presos rebelados, condição para pôr fim ao motim que durou seis dias. Xavier diz que a situação é temporária. "Devo ficar no cargo somente 30 dias", prevê. Durante esse período, avisa, vai tomar algumas medidas para garantir a segurança na penitenciária e evitar que novas rebeliões se repitam.
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Xavier disse ainda que a primeira ação efetiva a ser tomada na sua gestão será o levantamento do número presos na PCE. Depois da rebelião, os policiais verificaram a falta de 80 presos e até ontem não sabiam explicar se eles teriam fugido ou estavam escondidos nos túneis cavados durante o motim. Antes da rebelião, a PCE abrigava 1.371 presos. O número oficial de detentos que estão na penitenciária atualmente estava sendo levantado através de chamada, prevista para terminar às 23 horas ontem.
"Queremos acelerar o processo de contagem para garantir as visitas no domingo", explicou Xavier. De acordo com o novo diretor da PCE, o maior prejuízo material da PCE, depois do motim, foi na instalação hidráulica, o que estaria prejudicando o abastecimento de água.
Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira