Encerrou ontem o período de defeso do camarão -época em que a pesca de arrasto fica proibida por conta da recrutamento da espécie (quando o camarão jovem sai das áreas de criadouro, nas baías, e migra para mar aberto). Do dia 1º de março até ontem, onze fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram várias blitzes no Litoral do Paraná e nas costas Norte de São Paulo e Sul de Santa Catarina. Nesse período, foram apreendidas 1.266 quilos do crustáceo, 13 embarcações, 28 redes e 46 "portas de arrasto". As multas aplicadas totalizam mais de R$ 150 mil.
Também foram apreendidas cerca de 17 toneladas de peixes de outras espécies que estavam em embarcações localizadas em locais proibidos. Outras 12 varas e 12 molinetes de pesca amadora foram apreendidos. Os pescadores não tinham licença. Segundo Lício Domit, gerente do Ibama em Paranaguá, os resultados são ainda parciais porque alguns fiscais ainda não tinham entregue seus relatórios.
Em sobrevôo realizado no último dia de proibição da pesca, o Ibama identificou mais de 40 barcos na costa catarinense -próximo à Barra Velha- fazendo a pesca de arrasto. Domit informou que esses pescadores estão sendo identificados e também serão multados.
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Convênio firmado com a Marinha e com a Petrobras facilitaram o trabalho do Ibama este ano. A Marinha forneceu barcos, navios e helicópteros e a Petrobras combustível. A empresa Macuco Safari, de Foz do Iguaçu, também cedeu um barco para o Ibama.
Domit afirmou que o trabalho dos fiscais durante o defeso acaba se estendendo a outras autuações. "Sempre encontramos outras irregularidades", afirmou citando a autuação à Prefeitura de Paranaguá, multada em R$ 300 mil por degradação de área de mangue, de catadores de carangueijo no Parque Nacional do Superagui e dos "palmiteiros" em Antonina.