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Estado de Grave

Trabalhadores dos Correios podem entrar em greve

Heloísa Prado - Bonde
24 ago 2006 às 20:52

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Pelo calendário nacional da categoria, o início da paralisação está previsto para o próximo dia 13 de setembro - Arquivo Folha
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Os trabalhadores dos Correios reúnem-se na noite desta quinta-feira (24) à noite em assembléias em todo os Estados do País para avaliar o andamento das negociações salariais com a direção nacional da empresa.

No Paraná, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintcom) realiza assembléias em seis cidades: Curitiba, Cascavel, Londrina, Ponta Grossa, Maringá e Guarapuava.

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Os trabalhadores devem aprovar o estado de greve da categoria, uma vez que a contra-proposta apresentada na quarta-feira (23), além de não atender às reivindicações da categoria, ainda retira direitos já conquistados.

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"A direção nacional dos Correios desconsiderou nossas reivindicações de aumento real e de reposição das nossas perdas históricas", aponta o secretário-geral do Sintcom, Nilson Rodrigues dos Santos.

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A ECT propõe reajuste de apenas 4% e um abono de R$ 500. Os trabalhadores exigem, além dos 4% referentes à inflação dos últimos 12 meses, 16% de aumento real e 44,64% relativos a perdas salariais acumuladas desde 1994.


Pelo calendário nacional da categoria, o início da paralisação está previsto para o próximo dia 13 de setembro. Antes dessa data, o Sintcom pretende realizar outros tipos de manifestação no Paraná. Nas assembléias desta quinta-feira, os trabalhadores discutem, entre outras ações, a realização de vigílias, paralisações parciais dos serviços e passeatas já nos próximos dias.

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Direitos ameaçados - A direção nacional dos Correios quer simplesmente mais que dobrar o custo da assistência médica para os trabalhadores da empresa. Pela contra-proposta, quem recebe até R$ 1.357,91 teria o chamado "compartilhamento" reajustado de 10% do salário base para 20% da remuneração total.


A forma de compartilhamento do vale-refeição também seria alterada. Ao invés de ser calculada a partir do salário base, seria feita em cima da remuneração total.

"Essas ameaças e a proposta de 4% de reajuste são um tremendo absurdo, uma vez que sabemos que os Correios concederam nos últimos meses aumentos de até 12% para os detentores de cargos de chefia", revela Nilson Rodrigues dos Santos.


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