Os trabalhadores dos Correios reúnem-se na noite desta quinta-feira (24) à noite em assembléias em todo os Estados do País para avaliar o andamento das negociações salariais com a direção nacional da empresa.
No Paraná, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintcom) realiza assembléias em seis cidades: Curitiba, Cascavel, Londrina, Ponta Grossa, Maringá e Guarapuava.
Os trabalhadores devem aprovar o estado de greve da categoria, uma vez que a contra-proposta apresentada na quarta-feira (23), além de não atender às reivindicações da categoria, ainda retira direitos já conquistados.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
"A direção nacional dos Correios desconsiderou nossas reivindicações de aumento real e de reposição das nossas perdas históricas", aponta o secretário-geral do Sintcom, Nilson Rodrigues dos Santos.
A ECT propõe reajuste de apenas 4% e um abono de R$ 500. Os trabalhadores exigem, além dos 4% referentes à inflação dos últimos 12 meses, 16% de aumento real e 44,64% relativos a perdas salariais acumuladas desde 1994.
Pelo calendário nacional da categoria, o início da paralisação está previsto para o próximo dia 13 de setembro. Antes dessa data, o Sintcom pretende realizar outros tipos de manifestação no Paraná. Nas assembléias desta quinta-feira, os trabalhadores discutem, entre outras ações, a realização de vigílias, paralisações parciais dos serviços e passeatas já nos próximos dias.
Direitos ameaçados - A direção nacional dos Correios quer simplesmente mais que dobrar o custo da assistência médica para os trabalhadores da empresa. Pela contra-proposta, quem recebe até R$ 1.357,91 teria o chamado "compartilhamento" reajustado de 10% do salário base para 20% da remuneração total.
A forma de compartilhamento do vale-refeição também seria alterada. Ao invés de ser calculada a partir do salário base, seria feita em cima da remuneração total.
"Essas ameaças e a proposta de 4% de reajuste são um tremendo absurdo, uma vez que sabemos que os Correios concederam nos últimos meses aumentos de até 12% para os detentores de cargos de chefia", revela Nilson Rodrigues dos Santos.