A Associação dos Meninos de Curitiba (Assoma) é uma das 20 instituições que vão disputar a 12ª edição do Prêmio Criança 2000, no próximo dia 29, em São Paulo. O prêmio é concedido pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança para patrocinadores de projetos em benefício de menores carentes e situação de risco. Quatro entidades vão ser contempladas.
Doze finalistas são de São Paulo. O Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal vão concorrer com duas instituições por cada Estado. Ceará, Bahia, Rondônia, Minas Gerais e Rio Grande do Norte também terão seus representantes. Os critérios de avaliação abordam políticas na área de cultura, formação escolar, combate ao trabalho infantil e acompanhamento médico e psicológico.
No caso da Assoma, a única representante paranaense, cerca de 300 meninas e meninos entre 6 anos e 17 anos são assistidos por médicos, psicólogos e professores. As crianças vêm de famílias pobres de Curitiba e região metropolitana. Muitas são retiradas da rua e do convívio dos pais, acusados de maus-tratos. Em oficinas técnicas, elas têm oportunidades de aprender a trabalhar com música, panificação, jardinagem, horta e lavanderia.
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Duas casas de apoio mantidas pela Assoma abrigam 20 crianças em situações de risco. Depois dos 16 anos, os adolescentes são encaminhados para estágios em órgãos públicos. Os menores que trabalham na padaria produzem alimento que é vendido para manter a estrutura de serviços.
A exemplo de outras entidades filantrópicas, a Assoma, fundada há 13 anos, passa por dificuldades financeiras que já decretaram o fechamento das oficinas de marcenaria e mecânica. Rita conta que os problemas começaram em setembro do ano passado quando a entidade deixou de continuar recebendo ajuda de custo no valor de R$ 25 mil mensais do Banestado.
Ganhar o Prêmio Criança 2000 representa uma nova fase para, diz Rita de Cássio Novaes, diretora pedagógica da instituição. "Estamos com uma esperança muito grande. Tomara que dê certo. Estamos passando por dificuldades financeiras muito grandes", diz Rita. Caso os problemas continuem, ela teme que a diretoria seja obrigada a fechar as portas. "Se não recebermos ajuda, a tendência é desaparecer e isso a gente não quer."