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Trabalho em área atigida por vazamento vai até 2003

Katia Michelle - Folha do Paraná
13 jun 2001 às 08:18

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O monitoramento da qualidade da água nos Rios Barigui e Iguaçu - atingidos pelo vazamento de 4 milhões de litros de óleo depois de um acidente na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, em julho do ano passado - será encerrado no final deste ano. No entanto, a recuperação da flora e fauna da região deve continuar até 2003. O panorama da atual situação do local, bem como a estimativa para que as ações realizadas para reduzir o impacto ambiental na área encerrem, foram apresentadas ontem, durante um seminário promovido pela Repar.

No evento, foi divulgado o trabalho de 16 equipes compostas por técnicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Desde o ano passado, as equipes estudam o impacto ambiental na região e desenvolvem medidas para recuperar a área degradada. As ações são implementadas pela Petrobras e fazem parte de um acordo judicial com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para minimizar a contaminação da área atingida pelo produto.

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No acidente, 4 milhões de litros de óleo cru vazaram de um duto que transportava o óleo de São Francisco do Sul (SC) para Repar, em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba). O produto atingiu os rios Barigui e Iguaçu até o município de Balsa Nova, causando a mortandade de peixes e aves e "queimando" a vegetação local.

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"Mas o que deu para perceber com as pesquisas é que o dano é reversível", relata o coordenador do comitê executivo do Rio Iguaçu Fernando Henrique Falkiewicz, que participou do seminário. Segundo Falkiewicz, a duração do trabalho vai depender dos órgãos ambientais que fazem o monitoramento da recuperação da área degradada. Ele revela que a área de maior impacto foi a área interna da refinaria, conhecida como banhado 4.

Para O IAP, as ações realizadas pela empresa estão "dentro da expectativa", mas ainda não podem ser consideradas satisfatórias. A diretora do Centro de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, Ana Cecília Novacki, disse que todas as áreas passíveis de danos estão sendo abordadas nos trabalhos realizados pelas equipes, seguindo recomendação do IAP. O instituto vai avaliar os relatórios apresentados pelas equipes nos próximos dias para fazer recomendações ou apontar eventuais falhas.


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