Mais de 19 milhões de litros de nafta já foram retirados do navio Norma, encalhado desde o dia 18, no Canal da Galheta, a 1,5 quilômetros do Porto de Paranaguá. De acordo com a Defesa Civil, o término da operação está previsto para o início da madrugada desta segunda-feira. Só com o final da operação é que a quantidade de produto que vazou na baía deve ser conhecida.
Segundo o major Claudiney Alves da Silva, o Nara, navio para o qual a nafta é transferida, deve desatracar por volta das 3 horas da manhã. O Norma deve ser retirado da baía até a próxima quinta-feira, quando a maré deverá estar alta. Livre da carga, o navio pode voltar a flutuar e desencalhar da pedra na qual ele bateu na baía. Para isso, gas nitrogênio será injetado no Norma, para expulsar a água salgada e deixá-lo mais leve. Só então ele será levado até o terminal da Petrobras por rebocadores, onde passará por reformas para voltar a navegar.
A partir do momento em que toda a nafta tiver sido retirada, a equipe da Defesa Civil deve desmobilizar a operação de segurança montada desde o dia 18. "Sem o produto, não há riscos à população, nem ao meio ambiente." Apenas um representante continuará monitorando o trabalho de salvatagem do navio.
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De acordo com o major, a quantidade de nafta que vazou do Norma vai ser conhecida com o final da operação de transferência. O navio tem capacidade total de 22,4 milhões.
O trabalho de transferência da nafta começou uma semana depois do acidente. Dez homens da Smitt Americas Inc., empresa holandesa contratada pela Petrobras, trabalharam diretamente no Norma desde a última quinta-feira. Cerca de 600 homens da Defesa Civil e da Petrobras ficaram responsáveis pela segurança da área. A maior preocupação da Defesa Civil era com as primeiras 48 horas da operação, consideradas as mais delicadas pelo risco de explosão.
Durante a operação, uma faixa de segurança de 660 metros foi criada para o trabalho dos funcionários da Smitt e equipes de socorros e emergências. Além disso, rebocadores com equipamentos de esguichos de água formaram uma segunda linha de segurança a 950 metros do Norma.