Cursos, treinamentos, reuniões. Dessa forma, os sindicatos e federações que representam motoristas de ônibus, táxi e motos esperam melhorar a consciência dos condutores e contribuir para amenizar a competição no trânsito. Os motociclistas, por exemplo, vão ganhar a partir da próxima semana um curso inédito nesse sentido. "Vamos aperfeiçoar a nossa categoria em vários fatores. Mas todas as classes tinham que fazer o mesmo", afirma Tito Mori, presidente do sindicato que representa os motociclistas.
Para especialistas na área, é realmente a falta de consciência de que o trânsito é um bem comum, no qual a preocupação de todos deveria ser a de que chegassem bem aos seus destinos, que causa a rivalidade. É o que diz, por exemplo, Adriane Picchetto, que também é psicóloga. "Porém, essa noção ainda é muito distante no nosso país, porque as pessoas se vêem como competidores no trânsito."
Segundo ela, os motoristas que estão no trânsito a trabalho se julgam com mais direito à circulação. "Se julgam até mesmo com mais direito à tolerância de seus erros e desobediências à lei."
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O também especialista Alan Cannell, ressalta, por exemplo, o problema dos motoboys, categoria que, segundo ele, é meio abandonada. "Eles precisavam ter mais consciência dos riscos que correm. É preciso que houvesse curso de direção defensiva para eles, assim como equipamentos mais apropriados".
Para ele, a situação no trânsito só vai melhorar com o tempo porque é cultural. "O Brasil demorou para acordar para tentar uma melhoria no trânsito e vai levar anos até isso se consolidar".