O Tribunal Regional Federal, de Porto Alegre (RS), determinou que a direção do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) pague imediatamente os salários dos professores em greve. A entidade vinha se recusando depositar o dinheiro de quem não havia trabalhado no último mês. Porém, o TRF fixou uma multa de R$ 5 mil por dia, caso os holerites não sejam quitados.
Nesta terça-feira, os professores do Cefet e também da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram manter a greve das categorias.
O presidente do sindicato dos professores do Cefet (SindoCefet), Edson Fagundes, disse que a decisão do TRF vai beneficiar 800 professores que estão sem receber os salários desde o começo do mês. De acordo com ele, a direção do Cefet vinha pagando apenas 200 funcionários do corpo docente, que tinham cargos de confiança ou de chefia. A Folha ligou para direção do Cefet no fim da tarde, mas não encontrou ninguém da direção que comentasse o assunto.
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Quanto à greve, os professores da UFPR e do Cefet-PR ainda mantêm o movimento. O comando nacional de greve ainda não chegou a um acordo com o Ministério da Educação. Os professores querem que o governo amplie o orçamento em R$ 350 milhões, necessários para pagar o aumento da categoria. O MEC dispõem apenas R$ 250 milhões para folha de pagamento de entidades federais.
O MEC vem defendendo uma a proposta junto às entidades nacionais que representam os docentes. O governo federal sugere que seja incorporada parte da atual gratificação (GAE) e do reajuste na Gratificação de Estímulo à Docência (GED) nos salários de todos os professores. Além disso, propõem o aumento no salário-base; percentual de reajuste da GED e da Gratificação de Incentivo à Docência (GID) - paga aos docentos dos centros tecnológicos; extensão de 60% da GID aos inativos e pensionistas.