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Festa aos calouros

UFPR contesta trote violento em adolescente

Danilo Marconi-Portal Bonde
25 jan 2010 às 18:41

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A reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) deve abrir nos próximos dias um processo administrativo de sindicância para apurar o fato ocorrido na última sexta-feira (22), quando um calouro do curso de Geografia foi parar no hospital em coma alcoólico. João Francisco Medeiros, 17 anos, ficou quatro dias internado no Hospital das Nações.

Durante coletiva de imprensa, realizada nesta segunda-feira (25), o vice-reitor Rogério Molinari apresentou uma série de contestações contra a denúncia de trote violento. Dentre elas, a de que o adolescente saiu andando do espaço onde houve a recepção dos calouros, e não carregado como a imprensa noticiou. Ele afirma que a informação é subsidiada documental e testemunhalmente. O vice-reitor também afirma que o calouro foi atendido por ambulância depois de 22 de um monitor ser avisado que um adolescente passava mal na calçada.

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"São informações conflitantes. Nossa recepção é supervisionada por 21 monitores, oito vigilantes, além de todos os parceiros pelos DCE. Eles usam rádio e todo o recinto é monitorado por câmeras. Vídeos não mostram pessoas sendo carregada, escorada ou cambaleante", disse. "Tivemos a presença de mais de 15 mil pessoas e apenas três ocorrências, sendo uma caloura com lama nos olhos e outra com braço arranhado", enfatizou.

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A UFPR já realizou uma investigação preliminar e apontou que não houve comercialização de outro tipo de bebida alcoólica distante da cerveja. A família de João Francisco Medeiros disse que o adolescente tomou alguma bebida vermelha. "Ele é aluno de Geografia. Não há registro dele na barraca de Geografia, pelo contrário, ele se identificava como aluno de outro curso. Nã há registro que ele tenha sido forçado a beber outra bebida alcoólica. Em nenhuma dessas unidades foi possível localizar algum item que pudesse ser similar a essa coloração avermelhada, pelo contrário, houve apenas comercialização de água, refrigerante e cerveja", afirmou.

A sindicância deve ouvir os pais do adolescente e também o calouro João Francisco Medeiros. Os trabalhos devem ser concluídos em até 60 dias.


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