A Justiça acatou ontem um pedido do Ministério Público de abertura de inquérito policial para apurar maus-tratos contra animais usados como cobaias pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). As investigações vão ser realizadas pela Delegacia do Meio Ambiente que vai checar se os locais onde estão os animais são adequados. Além disso, os policiais devem apurar possíveis responsáveis de agressões às cobaias.
Em audiência no Juizado Especial Criminal, a promotoria solicitou que seja ampliada as investigações que sobre as agressões de animais. Há três meses, a Organização Não-Governamental Clube das Pulgas entrou com denúncia na Delegacia do Meio Ambiente, que responsabilizou três funcionários da Faculdade de Medicina. Como as informações apuradas foram insuficientes, o Ministério Público pediu uma nova apuração do caso.
As acusações do Clube da Pulga foram baseadas em informações de vizinhos da faculdade e ex-funcionários. As cobaias, recolhidas no Canil Municipal, ficariam sem comida e água, sendo raspadas e recebiam jatos de água gelada.
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O advogado da ONG, José César Valeixo Neto, disse que a entidade quer, independente da ação contra os acusados, conversar com a UFPR para que mude o tratamento às cobaias. A entidade sugere que os animais operados nas práticas dos acadêmicos de Medicina não sejam mais sacrificados. Caso não consiga mudar a política da universidade, a ONG vai processar a UFPR na Justiça Federal.