O secretário de Segurança Pública do Paraná, Cid Vasques, determinou nesta quinta-feira (5) o início do rodízio de policiais militares que passam pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A medida gera mais atrito entre o poder Executivo do Estado e o Ministério Público do Paraná.
Em nota divulgada na Agência Estadual de Notícias (AEN), a Sesp explicou que a medida será implantada ainda em setembro e será efetuada de acordo com cronograma estabelecido pelo comando da Polícia Militar. Atualmente, policiais militares são cedidos para o Gaeco sem a necessidade de rodízio.
"O rodízio será feito de forma gradativa, para que possa haver planejamento de ações e não prejudicar nenhuma operação em andamento". Para cada policial que será substituído, segundo o secretário, são indicados dois nomes, que atendem às qualificações necessárias.
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Na nota, a Sesp frisa que o Gaeco tem 10 dias para se manifestar sobre a decisão. Em entrevista à Folha de Londrina, o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, disse que não concorda com a medida e a interferência no trabalho do Gaeco. O coordenador disse ainda que o Conselho do MPPR deve se manifestar sobre este caso na reunião da próxima terça-feira (10).
O Gaeco havia sugerido ao Conselho do MPPR que pedisse o retorno de Cid Vasques, que também é procurador do MPPR, ao órgão porque, supostamente, o secretário de Segurança teria criado dificuldades para a atuação do Gaeco. O Conselho do Ministério Público pediu que o secretário se manifestasse sobre a reclamação do Gaeco até a próxima segunda-feira (9). (com informações do repórter Rubens Chueire Jr., da Folha de Londrina).