Uma pesquisa realizada pelo Paraná Automotivo, programa coordenado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas (Sindimetal), revela que os veículos montados no Paraná tem apenas 2,7% de suas peças genuinamente paranaenses.
O levantamento confirma o que o governador Roberto Requião afirmou na segunda-feira (dia 28) durante encontro com o presidente da Renault no Brasil, Pierre Poupel, com quem avaliou o fim da greve dos metalúrgicos e discutiu a necessidade de ampliar a participação do Paraná como fornecedor das montadoras.
O governador disse que o índice de paranização das peças utilizadas pelas montadoras está em torno de 2%. O dado, segundo o Sindimetal, se refere ao ano de 2001. A pesquisa mais recente, no entanto, praticamente não altera o que afirmou Requião, já que o índice atual é de 0,7 ponto percentual a mais do que o governador mencionou.
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Com esses números, o Governo do Estado deixa de aceitar, mais uma vez, os dados apresentados pelo presidente da Renault de que 65% dos contratos de peças são do Paraná.
Segundo o Sindimetal, a Renault e outras montadoras costumam mencionar seus sistemistas (grandes fornecedores) como empresas paranaenses ou nacional. "É verdade que muitos desses sistemistas são empresas instaladas no Paraná ou em outros Estados brasileiros", explica o coordenador do programa Paraná Automotivo, Élcio Rimi. "No entanto, a maioria dos itens que compõem o produto oferecido por essas indústrias é importada", adverte.