Em nota encaminhada à imprensa, o vereador Adenival Gomes (PT) anunciou que irá propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Curitiba para investigar a atuação da Urbs. A proposta deve ser discutida na quarta-feira, em reunião da bancada do PT.
A Urbs é a empresa da prefeitura responsável pela fiscalização de trânsito e pelo gerenciamento do transporte coletivo na cidade.
"O objetivo específico da CPI será apurar responsabilidades pela conivência histórica da Urbs com a circulação de vales-transporte falsos em Curitiba", diz o vereador, que faz parte da bancada de oposição do prefeito Cassio Taniguchi (PFL).
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Na última quinta-feira, o Ministério Público, através da Promotoria de Defesa do Consumidor, ingressou com uma nova ação civil pública contra a Urbs.
A ação aponta que, além de supostamente não alertar a população quanto à falsificação das fichas metálicas, a empresa municipal também teria revendido VTs falsos em seu próprio guichê, localizado na Rodoferroviária de Curitiba.
Distribuída para a 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, a ação do MP requer a concessão de liminar para que a Urbs efetue, sem restrições, a troca dos vales-transporte apresentados pelos usuários cuja aquisição tenha sido feita na própria empresa ou em postos autorizados.
A presidente da Urbs, Yára Eisenbach, alega que, se a empresa aceitar os vales falsos, irá gerar um colapso no sistema de transporte coletivo da capital. Em entrevista coletiva, ela foi irônica, e sugeriu que o MP exigisse que os bancos passassem a aceitar moedas e notas de dinheiro falso como se fossem verdadeiros.
Segundo Yára, a Urbs não teria condições de arcar com o prejuízo, que chega a aproximadamente R$ 20 milhões. Ela disse que, apesar de preservar os direitos do consumidor, a ação proposta pelo MP vai privilegiar as quadrilhas de falsificadores.
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