Brasília – Manifestantes da rede mundial de trabalhadores rurais Via Campesina invadiram nesta terça-feira (14) um campo experimental da empresa transnacional Syngenta de sementes geneticamente modificadas – trasngênicos – em Santa Tereza do Oeste (PR).
Segundo informações da Via Campesina, o campo experimental da empresa está numa área de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu – um tipo de área de proteção ao parque contra qualquer tipo de ataque como, por exemplo, de produtos químicos. Segundo o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marino Gonçalves, o campo experimental da empresa está distante seis quilômetros do parque, sendo que, por lei, deveria estar, no mínimo, dez quilômetros distante do território de preservação.
Gonçalves também informou que a Lei de Biosegurança proíbe o plantio em áreas de amortecimento. "A lei determina que é proibido o plantio de soja ou de organismos geneticamente modificados em terras indígenas, unidades de conservação e respectivas zonas de amortecimento. E o Parque Nacional do Iguaçu é uma unidade de conservação", explicou Gonçalves.
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O Ibama soube do plantio na área de amortecimento por causa de uma denúncia da organização não-governamental (ONG) Terra de Direitos. A ONG denunciou 18 propriedades na área de amortecimento do parque. Dessas, 13 estão em área proibida.
Ele também informou que os plantios das 13 propriedades foram embargados. Com isso, os proprietários não poderão mais plantar organismos geneticamente modificados.
Além disso, o Ibama vai aplicar uma multa aos fazendeiros que pode chegar a R$ 1,5 milhões. Os proprietários das fazendas onde foi verificado o plantio de transgênicos deverão responder por crime de biossegurança.