Cerca de 18 pessoas morreram nesta madrugada num acidente envolvendo dois ônibus e um caminhão, em Mamborê, na região de Campo Mourão, no Noroeste do Paraná. A batida ocorreu no quilômetro 370 da BR - 369. Sete pessoas estão internadas em um hospital de Campo Mourão, com várias queimaduras.
Um dos ônibus estava ultrapassando um caminhão quando bateu de frente com o outro ônibus, que vinha no sentido contrário. A Polícia Rodoviária Federal afirmou que chovia muito no local na hora do acidente, às 2h da manhã. Ao todo, 35 pessoas se envolveram no acidente: de acordo com a rádio CBN, havia 28 pessoas em um dos ônibus e sete no outro.
Ambos eram veículos de turismo, de Minas Gerais e São Paulo, e um deles estava indo para O Paraguai enquanto o outro retornava do país vizinho. Os dois veículos pegaram fogo imediatamente após o choque. Um deles é licenciado em Bradosk (SP) - placa BD 4690 - e o outro é de Belo Horizonte (MG) - ZPZ 3161.
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A sacoleira Heloísa Magda Barbosa, 28 anos, voltava de Foz de Iguaçu com destino a Belo Horizonte. Ela afirmou que haviam 22 pessoas no ônibus. Heloisa disse que estava dormindo no momento da batida e só acordou do lado de fora do ônibus.
Heloísa também foi jogada para fora no momento em que o ônibus se partiu. Ela sofreu queimaduras nos pés e ferimentos no rosto. ''Acordei no acostamento da rodovia com a grama ao meu lado já queimando e daí não tive outra alternativa a não ser pisar na grama e queimar os pés'', disse.
Silvio Alves da Silva, 36 anos, ia para Belo Horizonte. Ele sofreu queimaduras nas pernas e no braço e um corte na testa. Ainda bastante abalado com o acidente, Silva confirmou que eram 22 pessoas no ônibus entre passageiros, motoristas e agentes de turismo.
''Consegui sobreviver e sinto muito pelas pessoas que tiveram menos sorte do que eu, porque realmente foi muito triste ouvir aquelas explosões e os gritos das pessoas pedindo socorro'', desabafou Silva.
Ele afirmou que uma menina de dez anos estava sentada no banco atrás dele. ''Ouvi os gritos dela pedindo socorro mas não tinha como voltar porque o fogo foi muito rápido''.